MEC premia professor do CEFET-MG com medalha e intercâmbio para a China
Sexta-feira, 7 de junho de 2024
Última modificação: Sexta-feira, 7 de junho de 2024
Christiano Sena foi um dos dez premiados na 1ª Olimpíada de Professores de Matemática do Ensino Médio

Na terça-feira (21), o Ministério da Educação (MEC) realizou a cerimônia de premiação do dos dez finalistas da 1ª Olimpíada de Professores de Matemática do Ensino Médio (OPMbr). Dentre os premiados, estava o professor do CEFET-MG, campus Nova Gameleira (BH), Christiano Sena, que, pela conquista, ganhou um intercâmbio técnico-cultural de 15 dias em Xangai, em setembro, em que vai conhecer o Centro de Educação para Professores da Unesco (TEC Unesco), na Universidade Normal da China – país que sempre figura entre os de melhor desempenho no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).
A Coordenação de Jornalismo e Conteúdo conversou com o docente sobre o prêmio, o intercâmbio ao país asiático e sua relação com olimpíadas de Matemática.
1) Como se deu seu interesse em participar dessa primeira olimpíada para professores?
No período de 2014 a 2022, participei e coordenei projetos de extensão no CEFET-MG com a finalidade de treinar alunos da Instituição para participar de olimpíadas de Matemática. Assim, sempre estive relacionado com esse tipo de competição, mas sempre no papel de instrutor e coordenador. E, quando fui informado dessa competição, naturalmente me interessei, até para entender como seria uma olimpíada que avaliaria professores.
2) Conte como era sua atuação na preparação dos alunos para olimpíadas de Matemática.
Desde a minha entrada no CEFET-MG, em 2014, interessei-me por desenvolver projetos de extensão dessa natureza. Inicialmente, como uma ação individual, realizei o treinamento dos estudantes do CEFET-MG e de colégios conveniados, como as escolas estaduais Maurício Murgel e Ordem e Progresso, para a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Até que, em 2019, o projeto deixou de ser uma ação individual e passou a contar com a participação de professores do Departamento de Matemática, possibilitando a preparação de um número maior de estudantes e a diversificação das atividades, como a realização de palestras nessa preparação com o propósito motivacional. Durante a pandemia, apesar de todas as dificuldades, o projeto não apenas continuou, mas cresceu, pois, como estávamos lecionando de forma remota, foi possível incluir professores e alunos do CEFET-MG de unidades do interior.
3) Como foi a avaliação da Olimpíada de Professores de Matemática?
Houve três etapas no total. A primeira, com cerca de 550 professores, foi uma avaliação escrita realizada em um ambiente virtual, verificando tanto o conhecimento matemático, como estratégias de ensino. O MEC classificou 67 professores para a etapa seguinte, em que o selecionado deveria elaborar um vídeo apresentando algum projeto desenvolvido por ele que, de alguma forma, tivesse sido um diferencial para o aprendizado dos alunos. Nessa etapa, ficamos 19 professores para a terceira e última fase: uma entrevista com integrantes dos conselhos gestor e acadêmico da OPMbr. Na entrevista, fomos questionados a respeito dos projetos apresentados no vídeo, acrescentando informações e mais detalhes das ações. Dessa etapa, houve a seleção dos dez professores medalhistas de ouro e dos nove de prata.
4) Como você reagiu ao saber que estava entre os dez premiados de todo o país? O que representa essa premiação para sua carreira docente?
É difícil expressar o sentimento de saber que estava entre os dez medalhistas de ouro, por tudo o que estava envolvido. É uma mistura de orgulho pelo reconhecimento do trabalho e a alegria de ter a oportunidade de participar do intercâmbio técnico na China. A premiação representa uma oportunidade de expandir não apenas o conhecimento nesse intercâmbio, como o de poder contribuir como multiplicador, compartilhando com colegas professores o aprendizado adquirido.
5) Quais suas expectativas para a viagem à China?
As melhores possíveis. A China é hoje o país que ocupa o primeiro lugar no ranking do Pisa, que é o principal programa de avaliação da Educação Básica no mundo. Verificar in loco como é feito e tentar adaptar os procedimentos e metodologias a nosso contexto educacional será um enorme desafio, mas, ao mesmo tempo, uma gigantesca satisfação.
6) Pretende continuar participando de outras olimpíadas no futuro?
Com certeza, pretendo não apenas continuar participando de competições desse tipo, mas colaborar na divulgação dessas olimpíadas, para que haja envolvimento de mais professores. Acredito que essas ações têm o potencial de contribuir como elemento motivador de boas práticas de ensino e de ser uma boa publicidade para a sociedade em geral de projetos que são desenvolvidos pelos professores, permitindo a valorização do trabalho docente.
Coordenação de Jornalismo e Conteúdo – SECOM/CEFET-MG