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CEFET-MG

Estudo propõe uso do quiabo para descontaminar água

Quinta-feira, 13 de novembro de 2025
Última modificação: Quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Solução que demonstrou eficiência acima de 80% foi apresentada durante 22º Congresso Nacional de Meio Ambiente

Na imagem, a estudante Amanda Marques e a técnica de laboratório Damares Marques, autoras do estudo

O uso de corantes pelas indústrias têxteis provoca a contaminação do meio ambiente com essas substâncias. Por esse motivo, diversos estudos vêm buscando encontrar alternativas naturais e biodegradáveis para o tratamento de efluentes contaminados. Um dos corantes mais utilizados pela indústria é o Azul de Metileno.

Uma pesquisa realizada pelo CEFET-MG utilizou casca in natura e modificada do quiabo (Abelmoschus Esculentus) como etapa de clarificação da água contaminada por Azul de Metileno e a taxa de remoção da substância ficou acima de 80% nas concentrações testadas.

O estudo, conduzido pelas pesquisadoras Amanda Marques, do curso técnico em Química, Damares Marques, técnica de laboratório, e pelas professoras Fabiana Tiago e Andréa Marques, foi selecionado para apresentação durante o 22º Congresso Nacional de Meio Ambiente, que aconteceu no mês de outubro na cidade de Poços de Caldas.

O artigo “Utilização de polímeros naturais de Abelmoschus Esculentus na clarificação de água contaminada por corante Azul de Metileno” integrou a programação do congresso, cujo tema foi “Sociedade em Risco: O imprevisível é o novo normal”. O evento debateu impactos das crises ambientais e climáticas na sociedade, na economia e na qualidade de vida das populações.

A pesquisa produzida no CEFET-MG demonstrou que o quiabo, uma das hortaliças mais utilizadas no mundo, é cada vez mais utilizado como um biopolímero natural benigno e barato que pode ser incorporado em diversos processos industriais, como no tratamento de águas residuais.

Para a estudante Amanda Marques, apresentar os resultados no evento foi importante para a sua formação, pois permitiu que ela estivesse “em um espaço de troca de conhecimentos e de pesquisas que contribuem para um futuro sustentável.” E para a técnica de laboratório, Damares Marques, foi gratificante contribuir com a iniciação científica no ensino técnico. “Creio que esse é o diferencial do CEFET-MG: os alunos, desde cedo no ensino médio, têm a oportunidade de pesquisar e de adquirir conhecimento.”

Coordenação de Jornalismo e Conteúdo – CJC
SECOM/CEFET-MG